Uma cidade criada na poeira vermelha do Cerrado no centro do país, a partir do traço do arquiteto, não poderia prescindir de uma universidade. Assim pensava a intelectualidade brasileira no final dos anos 1950. Essa defesa, assim como a transferência da capital, não era unanimidade, mas foi sendo elaborada, discutida e defendida. Reforçando o debate, temos a participação ativa dos arquitetos que aqui estavam construindo a cidade. Os cursos de arquitetura no Brasil eram poucos e estavam concentrados nas grandes capitais. Apesar de importantes debates sobre os cursos e o ensino, na prática não havia formação docente. Todas essas discussões encontram, na criação da Universidade de Brasília, um ambiente propício para o desenvolvimento do conhecimento. Inserido num contexto único de ausências e experimentações, o curso consegue reunir nomes importantes da arquitetura e do urbanismo, atraindo jovens arquitetos na expectativa de uma carreira acadêmica, além de dar espaço para a criação de novidades que correspondessem aos anseios dos estudantes. O tempo vivido foi curto, pouco mais de dois anos, interrompidos pela ditadura militar de 1964. Porém, reescrevendo e resgatando a memória por nossas personagens, podemos perceber que a intensidade dessa vivência acompanhou sempre os mestrandos da FAU-UnB de 1965.
Peso: | 308 g. |
Páginas: | 120 |
ISBN: | 9786558461197 |
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