Para a agenda de integração do negro na sociedade de classes Este livro foi concebido pelo esforço conjunto de três historiadores preocupados em identificar, a partir dos marcos iniciais de interpretação solidificados pelas Ciências Sociais, a agenda antirracista. Eles seguem, ao longo de suas pesquisas, os rastros de ampliação desta agenda que informará as orientações políticas e acadêmicas antirracistas ao longo das décadas de 1950, 1960 e 1970. Este rastreamento historiográfico mostra como foram construídas as balizas para o esforço de inserção do negro na sociedade de classes. Os autores, valendo-se de fontes originais e de farta literatura produzida no Brasil e no exterior, desnudam como a disciplina das Ciências Sociais foi tida como capaz de identificar os pontos essenciais do problema de exclusão do negro e apontar caminhos para a promoção de mudanças sociais, mudanças essas consideradas fundamentais na Guerra Fria para a luta travada contra o perigo totalitário. Trata-se, como poderá ser constatado ao longo da leitura dos três capítulos, intimamente articulados, que compõem este livro, de uma agenda internacional, na qual a integração do negro na sociedade de classes constituiu-se como amarra fundamental e que, no Brasil, contou com a relevante contribuição acadêmica de um dos mais respeitados e sérios intelectuais das Ciências Sociais: o sociólogo Florestan Fernandes. Sobre os autores: Elizabeth Cancelli é professora livre-docente do Departamento de História da Universidade de São Paulo e autora de vários artigos e livros, entre eles O Brasil e os outros: o poder das ideias (EdiPUCRS, 2012) e O Brasil na Guerra Fria Cultural: o pós-guerra em releitura (Intermeios, entre[H]istória, 2017). Gustavo Mesquita é doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Foi pesquisador associado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, atuando no projeto do Relatório Brasil para a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial ONU. É autor de Gilberto Freyre e o Estado Novo: região, nação e modernidade (Global, 2018). Wanderson Chaves é historiador e pesquisador associado da Universidade de São Paulo. Bacharel em Antropologia e mestre em Ciências Sociais pela Universidade de Brasília. Doutor em História Social pela USP, é autor de A questão negra: a Fundação Ford e a Guerra Fria (1950-1970) (Prismas, 2018).
Peso: | 400 g. |
Páginas: | 272 |
ISBN: | 9788579396267 |
Editora UnB - CNPJ n° 00.038.174/0019-72 - UnB, Centro de Vivência - Asa Sul - - BRASILIA - DF
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